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Fitoterapia Chinesa e Plantas Brasileiras

Dr. Alexandros Spyros Botsaris, com a colaboração de: Roberto Leal Boorhem e Cristina Borgerth Vial Corrêa. Ícone Editora, 550 páginas, 2007, 3ª edição.

Voltado para os estudiosos da área médica e para os interessados na ampliação dos conhecimentos sobre fitoterapia chinesa e plantas brasileiras, este livro é luxuosamente apresentado e minuciosamente escrito de forma simples e didática. Assim como nos tratados médicos chineses, além das substâncias do reino vegetal, há as minerais e animais. Os capítulos introdutórios buscam esclarecer o máximo possível sobre os conceitos orientais a respeito de plantas medicinais, como propriedades energéticas, classificação das ervas na Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e regras para uso e preparo.

Cada erva abordada no livro possui as seguintes informações: nome farmacológico, nome científico, nome comum, parte utilizada, propriedades, locais de ação, funções, precauções e contra-indicações, doses, preparações, principais componentes químicos conhecidos, pesquisa clínica e farmacológica, toxidade e observações. No final, glossário com explicação de alguns termos específicos da medicina chinesa.

Alguns trechos:

“Compostos que possuem funções fenólicas em sua molécula, responsáveis por suas propriedades. São princípios amorfos, de sabor adstringente e estrutura química variada. Ocorrem em Plantas superiores, mas em Dicotiledôneas do que em Monocotiledôneas, como por exemplo nas famílias Rosaceae, Leguminosae, Myrtaceae, Rubiaceae; raros em algas e fungos (p. 38, trecho sobre taninos ou substâncias tânicas, no capítulo Noções gerais de classificação botânica, fitoquímica e coleta de plantas medicinais).

“Baseados em sua experiência milenar, os chineses estabeleceram os locais de ação de cada medicamento. Em alguns casos esta afinidade é tão intensa que pode direcionar a ação das outras ervas para aquele sítio de ação” (p. 51, trecho sobre local de ação dos medicamentos, no capítulo Propriedades energéticas e local de ação dos medicamentos).

“No Brasil, encontramos duas espécies de Lonicera muito semelhantes morfologicamente e com emprego medicinal quase idêntico ao da medicina chinesa. Uma espécie é, inclusive, originária da China, e provavelmente é a mesma que Lonicera japônica, mas ainda chamada por sinonímia, a madressilva trepadeira (Locinera chinensis Wall.) sendo mais rara, principalmente no Rio de Janeiro” (p. 181, observação sobre Flos lonicerae, no capítulo Ervas que eliminam o calor).

“As ervas adstringentes atuam em vários órgãos, pois as causas das perdas são variadas. Assim temos que as ervas que atuam em sudorese excessiva agem principalmente no pulmão, pois este órgão é quem regula o QI defensivo e a abertura dos poros” (p. 465, na introdução do capítulo Ervas adstringentes que previnem as perdas).